Chamou-se "Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das referências culturais da antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália (1867), onde ele definia o período como uma época de "descoberta do mundo e do homem"
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se difundiu para o resto da península Itálica e depois para praticamente todos os países da Europa Ocidental, impulsionado pelo desenvolvimento da imprensa por Johannes Gutenberg.
A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento apresentou
maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande
importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos intensamente, em Portugal e Espanha,
e em suas colônias americanas. Alguns críticos, porém, consideram, por
várias razões, que o termo "Renascimento" deve ficar circunscrito à
cultura italiana desse período, e que a difusão européia dos ideais
clássicos italianos pertence com mais propriedade à esfera do Maneirismo.
Além disso, estudos realizados nas últimas décadas têm revisado uma
quantidade de opiniões historicamente consagradas a respeito deste
período, considerando-as insubstanciais ou estereotipadas, e vendo o
Renascimento como uma fase muito mais complexa, contraditória e
imprevisível do que se supôs ao longo de gerações.
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